O bico de papagaio na coluna, como popularmente são conhecidos os osteófitos que surgem nas vértebras da coluna, causam intensa dor nas costas e formigamento, que pode surgir até nos braços ou nas pernas.

O que é o bico de papagaio na coluna?

A osteofitose, que também é chamada de bico de papagaio porque quando se faz uma radiografia da coluna elas apresentam a forma de gancho que é semelhante ao bico dessa ave. 

A osteofitose vai piorando com o passar dos anos e não tem cura, porém existem tratamentos que pode incluir analgésicos e fisioterapia para aliviar a dor.

Como se formam?

Devido ao envelhecimento e as más posturas ao longo dos anos acontecem desgastes no disco intervertebral que fazem as vértebras se aproximarem muito, levando a formação de novas estruturas ósseas que se forma nas bordas das vértebras. Estas novas estruturas são cientificamente chamadas osteófitos e são uma forma do corpo tentar se defender. 

Normalmente, os bico de papagaio resultam de má posturas ao longo de vários anos. Porém, também podem surgir devido a problemas, como:

Este problema é mais comum partir dos 45 anos devido ao desgaste dos discos da coluna vertebral que ocorre com o envelhecimento. Além disso, é mais frequente quando se tem excesso de peso, não se pratica atividade física nem nunca praticou e já se sofreu traumas na coluna ou se tem uma doença reumática.

Como posso saber se estou com bico de papagaio?

Alguns dos sintomas que podem indicar a presença de bico de papagaio na coluna são:

  • Está com uma dor forte localizada nas costas? Essa dor chega até à coxa, principalmente quando você se movimenta?
  • Têm sensação de formigamento nas pernas?
  • Sente que sua força muscular diminuiu?

Como estes sintomas são comuns também em outras doenças osteoarticulares, principalmente da coluna, o diagnóstico feito por um profissional é essencial.

Por isso, é fundamental ir ao ortopedista para realizar um raio-X da coluna ou ressonância magnética. Através destes exames de imagem o médico detecta o desgaste do disco intervertebral, aproximação entre as vértebras e a formação de proeminências na região lateral das vértebras semelhante ao bico de papagaio.

Como prevenir?

  • Manter uma postura correta ao sentar, andar e dormir;
  • Evitar pegar em cargas elevadas;
  • Ter um peso adequado e, se necessário emagrecer;
  • Praticar atividade física regularmente, principalmente exercícios com pouco impacto como hidroginástica, pilates ou andar de bicicleta.

Como tratar?

Não existe tratamento para recuperar o disco intervertebral, pois o desgaste que sofreu é irreversível. Porém, há formas para o alívio do desconforto, como analgésicos e anti-inflamatórios e também desenvolver hábitos que facilitem corrigir os problemas de postura. A fisioterapia e a prática de prática regular de exercícios físicos são recursos benéficos para controle da doença.

Casos mais graves indicativos de desalinhamento progressivo da coluna ou de distúrbio neurológico podem exigir intervenção cirúrgica.

Qual é a diferença entre bico de papagaio na coluna e hérnia de disco?

As hérnias discais são mais frequentes nas regiões lombar e cervical da coluna, porque essas são áreas mais expostas ao movimento e que suportam maior carga.

Alguns especialistas acreditam que o bico-de-papagaio possa surgir devido à desidratação do disco intervertebral, por espondilose, por predisposição genética, sobrecarga articular (como no caso de obesidade), devido a algum problema articular prévio (como inflamação, fratura, ruptura de ligamentos, entre outros) ou em consequência de impactos sofridos desde a infância.

É importante salientar que a principal causa do aparecimento desta anomalia óssea é a permanência em posturas incorretas ao longo da vida, resultando em lesões nas articulações vertebrais. Destas últimas, originam-se os osteófitos, que por sua vez, causam a desidratação do disco intervertebral, fazendo com que as vértebras fiquem mais próximas uma da outra, com consequente compressão da raiz nervosa. Portanto, a dor presente na osteofitose decorre dessa compressão.

Para ambas as patologias o tratamento pode cirúrgico ou conservador. Com relação ao tratamento cirúrgico, este é recomendado quando o paciente apresenta um quadro muito grave da doença. Já o tratamento conservador, através de práticas orientadas e regulares de fisioterapia e tratamentos conservadores têm obtidos ótimos resultados.