O vírus HIV – também conhecido como o vírus da imunodeficiência humana – é o causador da AIDS, uma doença que compromete o sistema imunológico.

É importante ressaltar que ter o vírus HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Existem diversos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.

Entretanto, eles ainda podem transmitir o vírus a outras pessoas durante relações sexuais desprotegidas, compartilhamento inadequado de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação – quando não tomam as medidas de prevenção.

O que é o vírus HIV?

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana que é o causador da aids. O HIV é uma infecção sexualmente transmissível (DST), que também pode ser contraída pelo contato com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez.

O que é AIDS?

A aids é uma doença crônica e que pode ser potencialmente fatal. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo vírus HIV vai tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas.

Há muitos soropositivos (termo usado para designar a pessoa infectada pelo vírus HIV) que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. 

Quais são os sintomas do HIV?

Dificilmente aparecem sintomas do vírus HIV logo após a infecção pelo HIV. Depois de um período, que em geral varia de três a seis semanas, podem surgir sintomas iniciais e não específicos, como:

·         Febre e mal-estar que lembram uma gripe;

·         Fraqueza;

·         Diarreia;

·         Gânglios aumentados.

No entanto, após um tempo da invasão do vírus HIV, consequências mais graves podem surgir:

·         Perda de peso;

·         Anemia;

·         Perda de memória e dificuldade de concentração

·         Doenças oportunistas (recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo), como: hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose, candidíase e sarcoma de Kaposi, um tumor de pele).

E os sintomas de AIDS?

Os principais sinais e sintomas da AIDS, manifestam-se cerca de 8 a 10 anos após a contaminação com o HIV ou em certas situações onde o sistema imunológico está fraco e debilitado. Assim, os sinais e sintomas podem ser:

·         Febre persistente;

·         Tosse seca prolongada e garganta arranhada;

·         Suores noturnos;

·         Inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de 3 meses;

·         Dor de cabeça e dificuldade de concentração;

·         Dor nos músculos e nas articulações;

·         Cansaço, fadiga e perda de energia;

·         Rápida perda de peso;

·         Candidíase oral ou genital que não passa;

·         Diarreia por mais de 1 mês, náusea e vômitos;

·         Manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele;

·         Doenças importunistas.

Estes sintomas do HIV geralmente surgem quando o vírus está presente em grandes quantidades no organismo e as células de defesa apresentam número muito baixo em comparação com um indivíduo adulto saudável. 

Diagnóstico

Se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o teste! O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo SUS, nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, para facilitar a correta interpretação do resultado. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde – ligando 136.

Fazer os testes com regularidade, buscando um tratamento no tempo certo e seguindo as recomendações propostas pela equipe de saúde, é possível ter uma boa qualidade de vida. Quanto mais rápido for diagnosticado, maior a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus.

E vale ressaltar que, as mães que vivem com HIV possuem uma expectativa de 99% de chance de terem filhos sem o vírus se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

Transmissão

O vírus só é transmitido em situações em que há:

·         Sexo vaginal sem camisinha;

·         Sexo oral sem camisinha;

·         Sexo anal sem camisinha;

·         De mãe infectada para o filho – durante a gravidez, parto e amamentação;

·         Transfusão de sangue contaminado;

·         Instrumentos que furam ou cortam que não foram esterilizados;

·         Uso de seringas compartilhadas.

E para desmistificar diversos tabus referentes ao HIV, separamos uma pequena lista de ações que não transmite o vírus, entre elas estão:

·         Sexo com o uso correto de camisinha;

·         Beijo no rosto ou na boca;

·         Masturbação a dois;

·         Suor e lágrimas;

·         Aperto de mão;

·         Abraço;

·         Talheres e copos;

·         Uso de sabonete, toalhas e lençóis;

·         Piscina;

·         Banheiro;

·         Pelo ar;

·         Picada de inseto.

As pessoas que convivem com essa doença não são contagiosas, todos esses atos listados acima são completamente seguros. Não viva entre o tabu!

 Tratamento

Os medicamentos recomendados para o tratamento são chamados de antirretrovirais – que surgiram em 1980. Eles conseguem inibir a multiplicação do HIV, evitando o enfraquecimento do sistema imunológico.

Sendo assim, o uso regular desses medicamentos é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a AIDS. A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais – como o aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliando a expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas.

Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS todos os medicamentos antirretrovirais. E desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral.