O corrimento feminino é algo comum e regular, presente em mulheres que já possuem o ciclo menstrual. Eles aparecem antes e depois da época da menstruação, sendo apenas mais um indício de que o organismo está funcionando bem.

Porém, as cores, texturas e cheios podem variar, apontando que o corrimento é de origem natural ou não. Em alguns casos, ele pode apresentar o sinal de alguma doença ginecológica ou mau funcionamento do organismo da mulher, por isso, vale a atenção!

Você Sabia? A acidez da vagina é bastante parecida com a do vinho! O pH normalmente varia entre 3,8 e 4,2, e o da bebida entre 3,5 e 4.

O que é o corrimento?

É a liberação de células e fluídos – que pode vir com volume, textura, fluxo e cores variadas. Ele é o sinal de uma vagina saudável quando apresenta um odor leve, coloração branca e o rastro de manchas amareladas na calcinha. Além de ser algo regular, pode mostrar alterações de hormônio, doenças infecciosas e até gravidez.

Deve-se ressaltar que, no período fértil, esse tipo de secreção fica mais espessa. Isto ocorre quando há sinais de gravidez, podendo vir rosado e em quantidades maiores que o habitual.

Mulheres de idade avançada e próximas da menopausa, geralmente notam o corrimento vindo em quantidades cada vez menores, causando assim o ressecamento da vagina.

Quais são as causas?

É comum para o corpo mostrar que a região da vagina está saudável com o corrimento – além de mostrar que a região está protegida. O uso de pílulas anticoncepcionais, excitação, ovulação, estresse e períodos traumáticos podem desencadear um excesso na produção.

Apesar de tudo parecer simples e natural, há casos em que esse tipo de secreção vaginal adverte para doenças sérias da região. Cores escuras, texturas elásticas e odores muito fortes podem indicar uma infecção ou o mau funcionamento do seu organismo.

Existem tipos de corrimento?

Cada tipo possui um aspecto e cor diferente que indica uma causa diferente:

Branco

É o tipo normal, mostrando que sua vagina está saudável. Muitas vezes ela pode aparecer durante a relação sexual como um mecanismo para lubrificar e diminuir o atrito. Mas fique atento, se ele for espesso e apresentar coceira, procure um ginecologista, pois pode ser uma infecção!

Amarelo ou verde

Esse tipo é comum quando é um amarelo suave e não apresenta textura espessa e nem cheiro forte. Mas se for o contrário, e até mesmo indicar uma cor mais esverdeada, tome cuidado – pode ser indício de uma dieta desbalanceada ou DST!

Cinza

Indica uma doença bastante comum no universo feminino: a vaginose bacteriana.

Rosa

Pode ser sinal de uma possível gravidez, doenças vaginais ou apenas sinal de que o ciclo menstrual está por vir. Após a relação sexual é comum ver este tipo de secreção.

Vermelho ou marrom

Geralmente, esse tipo aparece após o período menstrual, quando a menstruação está no final. Em outros casos, há o aparecimento em mulheres que tem ciclo irregular. Mas, se vir em tons de vermelho vivo, em diferentes períodos do mês,  pode indicar uma infecção ou até mesmo um câncer endometrial.

Claro e elástico

Este tipo indica quando você está tendo seu período de ovulação.

Os tipos de causas do corrimento

Infecção fúngica

É uma doença que ocorre na área da vagina, causada por fungos. Pode apresentar sintomas como coceira, queimação e corrimento amarelado e espesso. É bastante comum ocorrer em mulheres grávidas ou que sofrem com estresse ou diabetes – também aparecendo naquelas que utilizam pílulas anticoncepcionais ou que estão tomando antibióticos por mais de uma semana.

Clamídia e gonorreia

São infecções causadas por bactérias sexualmente transmissíveis. Seus sintomas podem variar: corrimento espesso e com odor forte, sangramento fora do período, dores e irritação na área da vagina. A gonorreia pode atingir outras partes do corpo, como garganta ou olhos. A clamídia é mais comum entre os jovens, e quando não tratada corretamente pode causar infertilidade ou problemas de dor na região.

Doença inflamatória pélvica

É uma infecção que ataca os órgãos reprodutores femininos: trompas de falópio, ovários, útero e outras estruturas da região abdominal. Os sintomas mais comuns para esse tipo de doença são as dores no ventre, corrimento vaginal, menstruação irregular, ardor ao urinar e dor durante a relação sexual.

Vaginose bacteriana

Há quem diga que é uma DST, mas muitas vezes pode ocorrer por conta de um desequilíbrio vaginal, sem nenhum contato sexual. A vaginose é a segunda causa da candidíase. Seus sintomas podem variar de defluências com forte odor e cor amarela forte, dores, queimação e ardência.

Tricomoníase

Pode ser transmitida por contato sexual ou por compartilhamento de toalhas e roupas de banho. É uma infecção que provoca dor, inflamação, coceira e defluência amarelada ou verde – com odor desagradável.

Câncer de colo de útero

Essa doença começa com uma infecção, provocada pelo vírus HPV – Papiloma Vírus Humano. Se não tratado corretamente, pode desencadear um câncer. Os sintomas podem variar de sangramento vaginal, corrimento e dor. O exame preventivo se chama Papanicolau, e deve ser feito todos os anos.

Dicas para evitar o corrimento

  • Higienizar corretamente a região da vagina;
  • Evitar compartilhar roupas de banho ou íntima;
  • Experimente comer frutas no café da manhã;
  • Experimentar dormir com roupas mais leves;
  • Higienizar a região íntima após as relações sexuais;
  • Faça o exame do Papanicolau todos os anos.

Existe tratamento para o corrimento?

Sendo algo regular e até mesmo normal, muitas vezes não há uma necessidade de tratamento específico, apenas quando a secreção é espessa, com odores fortes, amareladas ou esverdeadas. Se lhe incomoda, há tratamentos que podem amenizar o fluxo, mas isso deve ser tratado apenas com um ginecologista.

Como cada tipo de secreção vaginal pode ter uma causa diferente, cada tratamento é para essa condição é diferente. Para evitar infecções e doenças vaginais que podem causar esse tipo de secreção vaginal, é importante fazer diariamente uma boa higiene íntima, 1 a 2 vezes por dia. Para isso, deve sempre lavar a região íntima com água abundante e uma gota de sabonete sem nunca esfregar em exagero. Depois de lavar, deve secar cuidadosamente a região íntima e vestir uma calcinha lavada.

Por isso, alguns cuidados ajudam a evitar o surgimento de infecções vaginais e a proteger a mucosa vaginal, evitando assim o desenvolvimento de fungos ou bactérias que podem causar algum tipo de problema, como:

  • Experimente usar calcinha de algodão com maior frequência;
  • Dormir sem roupa íntima quando possível;
  • Não usar protetor diário;
  • Evitar o uso de lenços umedecidos ou papel higiênico com perfume;
  • Evitar esfregar muito a região íntima, mesmo com sabonete íntimo.