A sociedade evoluiu em diversos quesitos, mas ainda tem um longo caminho pela frente. A violência contra mulher ainda é uma das principais preocupações sociais que nos assola. Os dados são alarmantes, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) 1 em cada 3 mulheres do mundo já sofreram violência física e/ou sexual por parte de parceiro, ou terceiros durante a vida. Infelizmente não precisamos ir muito longe para encontrar casos próximos.

Mesmo com avanços importantes, como a Lei 11.340 de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que busca coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, os dados nacionais mostram que 42% das mulheres no Brasil ainda são vítimas de violência e principalmente, de agressões físicas por parte dos parceiros. No entanto, a violência vai muito além do sofrimento físico ou sexual, ela inclui a psicológica, patrimonial e moral. Abaixo vamos explicar cada uma delas.

Violência Contra a Mulher

✋🏻 Violência Física  

Qualquer ato que fira a integridade física da mulher: espancamento, atirar objetos, empurrões, puxadas de cabelo, sacudir ou apertar os braços, estrangulamento, lesões com objetos cortantes, ferimentos causados por queimadura e tortura.

💋 Violência Sexual 

Situações que constranjam a mulher ou a obriguem a participar, ou manter uma relação sexual indesejada: estupro, impedir o uso de métodos contraceptivos, forçar o aborto, obrigar a manter uma gravidez etc.

🧠 Violência Psicológica

Conduta que causam danos emocionais e diminuem a autoestima feminina: ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, perseguição, insultos, ridicularização e distorcer ou omitir fatos que fazem com que a mulher fique em dúvida da sua sanidade mental (gaslighting)

🏡 Violência Patrimonial 

Ocorrência de retenção, subtração ou destruição de bens, documentos pessoais ou recursos econômicos: controlar o dinheiro, furto e extorsão, estelionato, deixar de pagar pensão alimentícia, privar bens e causar danos propositais a objetos da parceira.

 🗣 Violência Moral 

Qualquer circunstância que configure como calúnia, difamação ou injúria: acusar de traição, fazer críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar por meio de xingamentos, desvalorizar etc.

Como saber se estou em um relacionamento abusivo? 

Para quem faz parte da relação pode ser sutil a diferença entre o zelo demais  e o abuso. Separamos algumas situações que deve ter atenção: 

  • Quando expõe uma situação e ela é contornada pelo parceiro que a faz cogitar estar ficando “louca”;
  • Para de sair com amigos e visitar familiares; 
  • Deixa de fazer atividades que gostava por conta do parceiro; 
  • Se sente menosprezada e com a autoestima baixa; 
  • Busca a validação dele em tudo que faz; 
  • Sente que ninguém vai gostar de você além da pessoa com quem está; 
  • Conta mentiras aos outros para preservar a imagem do seu parceiro; 
  • Não sai mais sozinha sem a autorização dele; 
  • Evita falar sobre alguns assuntos com medo da reação.

📞 O que fazer para denunciar a violência contra a mulher? 

A violência muitas vezes começa aos poucos e são perdoadas com um pedido de desculpas como “Bebi demais, isso não vai se repetir” ou “Eu te amo, por isso quero o seu bem”. Mesmo quando ela se intensifica e ocorre com mais frequência, as vítimas ficam com medo de denunciar, seja pelo que vai acontecer com ela ou com a família. Mesmo sendo difícil é preciso coragem para não se omitir. Procure ajuda e ligue 180, as ligações são gratuitas e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. Esse canal foi criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e a vítima recebe todas as orientações sobre onde buscar apoio por perto e instruções para os próximos passos. 

Na Vitta contamos com uma equipe de saúde formada por enfermeiros, médicos e psicólogos que te darão todo o apoio necessário para passar por essas dificuldades. Você não está sozinha.