A sonda nasogástrica (ou também conhecida popularmente por tubo de alimentação) é um tubo introduzido no nariz do paciente até o seu estômago e como diz o nome popular, seu uso é para alimentar pacientes que não conseguem fazer refeições da forma tradicional, seja o motivo que for.

A sonda é muito mais comum em pacientes que passaram por algum tipo de procedimento cirúrgico e não conseguem se alimentar, mas pode haver outros casos em que o uso da sonda seja necessário.

O que é a sonda nasogástrica?

A sonda nasogástrica é um procedimento médico, onde um tubo é introduzido desde as narinas até o estômago do paciente para a alimentação, quando o indivíduo não consegue se alimentar por conta própria, geralmente isso acontece com pacientes em coma, com problemas na deglutição, ou outras doenças degenerativas.

Para que serve?

A introdução desse tipo de sonda deve ser feita por um enfermeiro ou médico e seu uso tem a finalidade de administrar medicamentos ou alimentos, descomprimir o estômago para a remoção de líquidos, avaliar a motilidade intestinal, tratar sangramentos e obstruções, ou ainda, coletar conteúdo gástrico para a análise.

Em quais situações ela deve ser usada?

Esse procedimento é feito geralmente após alguma cirurgia onde o sistema digestivo do paciente precisa de repouso, também em casos de intoxicação exógena onde o produto ingerido precisa ser eliminado do organismo o mais rápido possível.

Qual a diferença entre sonda nasogástrica e sonda nasoenteral?

Ambas possuem a função de alimentar o paciente, porém a sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da sonda.

Quais os cuidados necessários com a sonda?

Higienização

Como o tubo é muito fino, pode se entupir facilmente. Assim, é necessário realizar a limpeza da sonda após o uso. Aplique 30 ml de água filtrada antes e após cada utilização, para assepsia. Injete com cuidado para que a pressão da água não rompa a sonda. Limpe também a parte externa do tubo, com gaze, água e álcool 70%, pelo menos, uma vez ao dia.

Fixação

Para evitar retrações e o deslocamento da sonda, ela deve ser fixada à pele do paciente com um esparadrapo ou uma fita hipoalergênica. A fita deve ser trocada com regularidade, ou sempre que estiver descolando.

Lave o nariz com água e sabão e seque bem, antes de colar novamente, mas sem esfregar, tomando cuidado para não deixar o tubo dobrar e nem passar na frente dos olhos ou da boca.

Aspiração

Antes de administrar qualquer substância via sonda, é necessário aspirar o líquido que está dentro do estômago. Dobre a ponta da sonda e aperte, evitando a entrada de ar no tubo e, então, retire a tampa.

Encaixe a seringa, desdobre o tubo e puxe o êmbolo, aspirando o conteúdo gástrico. Caso o volume aspirado corresponda a mais da metade da refeição anterior, é recomendado aguardar para alimentá-la mais tarde. O conteúdo aspirado deve sempre ser reposto.

Ao término, dobre novamente a ponta da sonda, repetindo o procedimento para que não entre ar no tubo e retire a seringa, voltando a tampá-la.

Posição adequada

Além do posicionamento correto da sonda, é preciso se preocupar também com a posição do paciente para receber a dieta líquida. Ele deve ser colocado sentado, com travesseiros nas costas, em um ângulo mínimo de 15 graus.

Após a administração da dieta, é necessário mantê-lo em decúbito por cerca de 30 min para evitar vômitos e a aspiração para os pulmões. Se não for possível sentar o paciente, deve-se colocá-lo de lado, para impedir o refluxo gástrico.

Administração da dieta

Dependendo do estado do paciente, do tipo de dieta e da localização da sonda, bem como das necessidades nutricionais e da existência de alimentação oral complementar ou não, a administração da dieta pode acontecer de forma contínua, intermitente ou em “bolus”.

No caso da administração contínua, o volume indicado é de cerca de 100 a 150 ml por hora. Já na intermitente, há oferta de doses de 200 ml a 400 ml, de 4 a 6 vezes ao dia, por meio de frascos ou bombas de infusão.

A administração em “bolus” é feita por seringas ou com o uso de frascos pendurados em suportes elevados, utilizando a gravidade para infundir, gota a gota, o volume em um tempo de 5 a 15 min.

Após a aspiração, encha a seringa e encaixe na sonda, sempre dobrando o tubo quando for retirar a tampa. Pressione o êmbolo lentamente, para dispensar o conteúdo em cerca de 3 minutos.

É necessário ter cuidado para não administrar o alimento com pressa, causando distensão abdominal, má absorção, vômito e diarreia.

Após o término de cada frasco, é recomendado limpar a sonda com 20 ml de água filtrada e fervida, evitando acumular resíduos. Por fim, mantenha a sonda fechada quando não estiver sendo usada.

Troca da sonda

As sondas devem ser trocadas sempre que houver algum problema, como rachadura, obstrução ou maus posicionamento e funcionamento. Caso contrário, um paciente pode permanecer com a mesma sonda por até 5 meses, ou mais.