Estima-se que quase 100 milhões de pessoas pelo mundo foram infectadas pelo HIV desde o início do seu surgimento – por isso que é importante saber tudo sobre HIV e suas complicações.

Sendo assim, um dos principais métodos para combater o HIV é o uso de camisinha. A campanha do governo da Bahia, em 2019, surpreendeu a todos com o nível de seriedade em épocas de carnaval ao exibir o slogan “Pare, pense e use camisinha”.

O que é o HIV?

É importante saber tudo sobre HIV, tanto pela informação quanto para prevenção. Sendo assim, o HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana que é o causador da aids.

O HIV é uma infecção sexualmente transmissível (DST), que também pode ser contraída pelo contato com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez.

E a AIDS?

Além de ser importante saber tudo sobre HIV, é ainda mais importante entender o que é a AIDS – caracterizada como uma doença crônica que pode ser fatal.

Ela acontece quando a pessoa infectada pelo HIV vai tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos (termo usado para designar a pessoa infectada pelo vírus do HIV) que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. 

Entendendo a janela imunológica

Podemos denominar a janela imunológica como o intervalo decorrida entre a infecção pelo HIV até o momento da primeira detecção dos anticorpos “anti-HIV” produzidos pelo sistema de defesa. Geralmente, a duração dessa janela imunológica pode ser de 30 dias – entretanto, o período pode variar, dependendo do organismo do indivíduo e do tipo de teste.

Caso o teste para detecção de anticorpos “anti-HIV” é realizado durante o período da janela imunológica, existe a possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Sendo assim, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, que o procedimento seja repetido após 30 dias com a coleta de uma nova amostra.

Sendo assim, a janela imunológica se torna algo fundamental para saber tudo sobre HIV. E lembre-se, nesse período, o vírus do HIV pode ser transmitido – mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos for não reagente.

Quais os sintomas do HIV?

Para saber tudo sobre HIV, não podemos esquecer de citar os sintomas que essa condição pode provocar.

Dificilmente observamos os sintomas logo após a infecção pelo HIV. Depois de um período que varia de três a seis semanas, podem surgir sintomas iniciais e não específicos, como:

  • Febre e mal-estar que lembram uma gripe;
  • Fraqueza;
  • Diarreia;
  • Gânglios aumentados.

No entanto, após um tempo da invasão do HIV, consequências mais graves podem surgir:

  • Perda de peso;
  • Anemia;
  • Perda de memória e dificuldade de concentração;
  • Doenças oportunistas (recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo), como: hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose, candidíase e sarcoma de Kaposi, um tumor de pele).

E os sintomas da AIDS?

Os principais sinais e sintomas da AIDS, manifestam-se cerca de 8 a 10 anos após a contaminação com o HIV ou em certas situações onde o sistema imunológico está fraco e debilitado. Assim, os sinais e sintomas podem ser:

  • Febre persistente;
  • Tosse seca prolongada e garganta arranhada;
  • Suores noturnos;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de 3 meses;
  • Dor de cabeça e dificuldade de concentração;
  • Dor nos músculos e nas articulações;
  • Cansaço, fadiga e perda de energia;
  • Rápida perda de peso;
  • Candidíase oral ou genital que não passa;
  • Diarreia por mais de 1 mês, náusea e vômitos;
  • Manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele;
  • Doenças oportunistas.

Como ocorre a transmissão?

O vírus só é transmitido em situações em que há:

  • Sexo vaginal sem camisinha;
  • Sexo oral sem camisinha;
  • Sexo anal sem camisinha;
  • De mãe infectada para o filho – durante a gravidez, parto e amamentação;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Instrumentos que furam ou cortam que não foram esterilizados;
  • Uso de seringas compartilhadas.

E para desmistificar diversos tabus referentes ao HIV, separamos uma pequena lista de ações que não transmite o vírus, entre elas estão:

  • Sexo com o uso correto de camisinha;
  • Beijo no rosto ou na boca;
  • Masturbação a dois;
  • Suor e lágrimas;
  • Aperto de mão;
  • Abraço;
  • Talheres e copos;
  • Uso de sabonete, toalhas e lençóis;
  • Piscina;
  • Banheiro;
  • Pelo ar;
  • Picada de inseto.

As pessoas que convivem com essa doença não são contagiosas, todos esses atos listados acima são completamente seguros. Não viva entre o tabu!

Existe tratamento?

Os medicamentos recomendados para o tratamento são chamados de antirretrovirais – que surgiram em 1980. Eles conseguem inibir a multiplicação do HIV, evitando o enfraquecimento do sistema imunológico.

Sendo assim, o uso regular desses medicamentos é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a AIDS. A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais – como o aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliando a expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas.

Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS todos os medicamentos antirretrovirais. E desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral.