Considerada uma doença infecciosa e oportunista, a pneumocistose é causada por um fungo chamado Pneumocystis jirovecii – capaz de atingir os pulmões, causando uma grande dificuldade para respirar; além de calafrios e tosse seca.

Neste artigo, você ficará informado sobre as suas causas, sintomas e muito mais!

O que é a pneumocistose?

Muitas vezes, a pneumocistose pode ser considerada um tipo de pneumonia. Todos os dias somos expostos a esse fungo – mas como temos um sistema imunológico forte e saudável, essa doença tende a não se desenvolver.

Essa é uma condição oportunista, ou seja, só ocorre quando o sistema imunológico está comprometido. A pneumocistose ocorre, principalmente, em pessoas portadoras de HIV ou AIDS – e até mesmo em pacientes que fizeram transplante ou fazem tratamento quimioterápico.

Sua transmissão ocorre por meio do contato com as gotículas de saliva de pessoas que possuem a doença. Pode ser tanto pela fala, como pela tosse e o espirro.

Recomenda-se, para essa condição, visitar um médico pneumologista – são esses profissionais que realizam o diagnóstico e tratamento para eliminar o fungo!

Quais as causas?

Essa doença é causada por um fungo – o Pneumocystis jirovecii – que está presente no nosso sistema respiratório, mas não causa nenhum dano, contanto que o organismo esteja forte e saudável.

Todos os mamíferos podem ter esse fungo presente – esse é um dos fatores que denominam a doença como oportunista, pois se houver uma queda da imunidade, os danos são observados.

Para os pacientes que têm o sistema imunológico debilitado – principalmente por conta de lúpus, HIV ou AIDS – a infecção pode se desenvolver muito mais rapidamente, causando inflamação e acúmulo de líquido nos pulmões.

Os sintomas de pneumocistose

Seus sintomas se assemelham muito com a gripe ou outras doenças pulmonares. Destacamos os seguintes sintomas:

·         Tosse seca;

·         Cansaço excessivo;

·         Calafrios;

·         Febre;

·         Dificuldade para respirar;

·         Dor torácica

A pneumocistose e seus sintomas costumam evoluir muito rapidamente, persistindo por mais de duas semanas. Nesses casos, o recomendado é visitar um clínico geral ou um pneumologista.

Fatores de risco

Além da imunidade fraca, há outros diversos fatores de risco que podem provocar essa doença, sendo eles:

·         Uso de corticoides;

·         Cirurgia recente de transplante de órgãos;

·         Desnutrição;

·         Cânceres hematológicos;

·         Portadores de HIV ou AIDS.

O HIV e a pneumocistose

Por ser uma doença que consegue interferir no processo do organismo em combater infecções, muitos portadores de AIDS a desenvolvem. Infelizmente, a pneumocistose é a responsável pelo óbito de muitos pacientes portadores da AIDS.

E por conta desse fato, os pacientes com HIV e AIDS devem fazer frequentemente os exames de contagem de células T auxiliares – que ajuda a identificar a doença ainda cedo.

O que é HIV?

O HIV é um vírus da imunodeficiência humana – causador da AIDS que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Por conta de uma alteração de células chamadas linfócitos T CD4+, é que o HIV faz cópias de si mesmo, multiplicando-se e rompendo os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Em questões biológicas, a doença em destaque é um retrovírus, que possui um período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, de infecções das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Existem diversos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. 

Como ocorre o diagnóstico?

Os principais métodos de se diagnosticar a doença é por raio-X de tórax; lavado broncoalveolar e broncoscopia – onde podemos observar as alterações no tecido dos pulmões e infiltrado pulmonar.

Além disso, a coleta de escarro – para que se verifique a presença do fundo – pode ser solicitado por um médico para averiguar o grau e a presença da doença. Outra maneira é a dosagem da enzima Lactato Desidrogenase – que fica elevada quando há presença da condição e a gasometria arterial, que verifica o funcionamento dos pulmões.

Tratamentos

Sem medo, existe um tratamento super eficaz contra essa doença – que envolve o uso de antimicrobianos e outros tipos de medicamento. Muitas vezes, caso o paciente não obtenha melhora com antimicrobianos leves, o médico pode receitar outros fármacos um pouco mais pesados, e com um tratamento de duração maior.

É importante que o tratamento e as prescrições indicadas pelo médico sejam seguidos conforme a sua recomendação para evitar que o fungo se prolifere e interfira ainda mais no sistema imunológico do paciente, causando complicações e, até mesmo, óbito.

***IMPORTANTE: Jamais se automedique! A indicação e prescrição de um médico é fundamental para que a doença seja controlada de maneira correta. A automedicação pode prejudicar a condição e até mesmo agravar, levando a danos em outras regiões do organismo!

Consequências

Se a doença em destaque for tratada com descaso – ou até mesmo se não for tratada – ela pode evoluir rapidamente e apresentar riscos, até mesmo fatais, para pessoas com idade avançada e com o sistema imunológico debilitado. Entre as consequências, podemos destacar:

Insuficiência respiratória

Essa é uma doença que surge por conta dos primeiros sintomas da pneumocistose. Com o passar do tempo, se não for tratada corretamente, ela pode evoluir intensamente. Em muitos casos, onde há a presença de complicações – como a insuficiência respiratória – o paciente pode precisar utilizar um suporte ventilatório para conseguir respirar bem.

Óbito

 Quando a doença em destaque está associada com outras condições – como o HIV, lúpus ou AIDS – o risco de óbito ao paciente se eleva a circunstâncias perigosas. Quando não tratada de maneira correta, pode ser fatal.