A coluna cervical é dada como uma das regiões que compõem a estrutura da coluna vertebral, ocupando a região inteira do pescoço. Sua área é formada por 7 vértebras, e sua principal função é a sustentação da cabeça.
Você sabia? Segundo um estudo realizado em 2009, pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), a cervicalgia afeta anualmente entre 30 a 50% da população geral, no Brasil.

A anatomia da coluna cervical 

 A coluna cervical, em poucas palavras, nada mais é que a região mais alta da coluna vertebral e que atravessa a região do pescoço. A  área é composta por sete vértebras, cada uma referida pela letra ‘C’ (devido ao seu nome), e dispõe de um número para sua identificação entre si. O número, basicamente indica a altura em que a vértebra está inserida.
Esta estrutura é composta pelas primeiras sete vértebras da coluna vertebral, tendo seu início na base do crânio e seu fim na coluna torácica, área onde está a região do peito. As vértebras cervicais são denominadas por números, de cima para baixo, de C-1 a C-7.
Veja abaixo as características e diferenças das sete vértebras cervicais abaixo, para melhor compreensão sobre essa região da coluna: 

Vértebra atlas (C-1)

A atlas é definida como a primeira vértebra da coluna como um todo, sendo a área onde o crânio repousa. O atlas tem uma profundidade de abertura principal que é maior do que as demais vértebras, e isso ocorre pois a medula espinhal (que está localizada no interior das vértebras) é maior na base do crânio, por conta da conexão que tem com cérebro.
A característica mais marcante do atlas é não possuir o chamado corpo vertebral, que é dada como a abertura citada no parágrafo acima.
A história do nome desta vértebra é muito curiosa, e teve completamente influência da mitologia grega para. Ela recebe este nome por conta da vértebra sustentar o globo da cabeça, da mesma maneira que os gregos antigos acreditavam que o titã, chamado Atlas, sustentava o planeta com sua força.

Vértebra áxis (C-2) 

Seguindo a sequência natural dos números, a áxis é a segunda vértebra da cervical, sendo comumente chamada de eixo ou de C-2. Esta vértebra é sobreposta por um botão ósseo chamado de “tocas”, do qual ele se encaixa na abertura da parte inferior da vértebra C-1 (atlas). 
A C-1 (atlas) e a C-2 (áxis) formam um eixo, que é responsável pela flexibilidade do pescoço e pela capacidade do movimento de rotação, permitindo o ser humano virar a cabeça à esquerda e à direita.
A característica mais marcante da áxis é dada por uma estrutura que a compõe, chamada de “dente”, que a distingue facilmente das demais vértebras da coluna cervical.

Vértebras C-3, C-4, C-5 e C-6

As vértebras C-3, C-4, C-5 e C-6, são muito semelhantes entre si devido sua aparência e estrutura.  
A principal característica (e diferença) deste grupo de vértebras, é dada pelos nervos que estão ligados a sua estrutura ao lado da medula espinhal. Estes nervos são responsáveis por ajudar no controle de certas partes do corpo, que incluem, o diafragma, os músculos do braço e as mãos.

Vértebra proeminente (C-7)

A vértebra proeminente ou C-7, é conhecida por este nome devido a uma estrutura denominada como “processo espinhoso”. O “processo espinhoso” diz respeito a como a vértebra é anatomicamente, um osso mais elevado e com uma ponta saliente. 
Devido a sua estrutura, e altura ser maior que das outras seis vértebras da coluna cervical, a sétima vértebra foi denominada como proeminente.

Características únicas da coluna cervical

A coluna cervical é única, pois existe a presença de uma curva ligeiramente para dentro de suas vértebras. As curvas possuem dois orifícios adicionais, sendo denominados processos transversos, que estão localizados em cada lado da abertura da medula espinhal principal.
Os processos transversais estão dispostos paralelamente à medula espinhal e são definidos como os espaços em que as artérias passam através de cada lado do pescoço, servindo desta maneira para transportar o sangue para a parte de trás do cérebro.

Complicações da coluna cervical

Existem diversas complicações que podem afetar a coluna cervical, e que prejudicam o dia-a-dia de diversas pessoas (principalmente de idosos) em todo o mundo. 
Logo abaixo, serão descritas duas complicações que podem vir a afetar esta região da coluna vertebral, juntamente de suas causas e sintomas. Continue lendo a seguir: 

Hérnia de disco

Causa 

A hérnia de disco ocorre quando um disco entre uma vértebra se torna fraco ou rasga, permitindo que sua parte interna deslize para fora. A causa da complicação, pode ter relação com a idade e certos movimentos que uma pessoa realiza no seu dia-a-dia.
Um disco pode deslizar para fora do lugar enquanto ocorre o movimento de torção na coluna ou quando se faz uma força muito grande para levantar certo objeto. Erguer um objeto muito grande e pesado, pode causar grande esforço na parte inferior das costas, o que pode resultar em um disco fora do seu lugar natural, causando dor.

Sintomas

Os sintomas de uma hérnia de disco, incluem:

  • Dor e dormência, geralmente sentidas em um lado do corpo;
  • Dor que se estende para braços ou pernas;
  • Dor que piora à noite ou com certos movimentos;
  • Dor que vai piorando após você ficar de pé ou sentado;
  • Dor ao andar curtas distâncias;
  • Fraqueza muscular sem explicação;
  • Sensação de formigamento, dor ou queimação na área afetada.

Espondilose cervical 

Causa

A espondilose cervical é definida como a degeneração das vértebras, e dos discos entre elas, a medida que é exercida uma pressão (compressão) sobre a medula espinhal no nível do pescoço.

Sintomas 

Os sintomas da espondilose cervical podem ser resultado de uma pressão feita na medula espinhal, nas raízes nervosas espinhais ou também em ambas.
Quando a medula está comprimida, o primeiro sintoma que costuma ser sentido são os espasmos. A sensação é de que as pernas movimentam-se em “sacudidas” (devido aos espasmos) e a marcha ao andar torna-se instável. 
Além disso, a sensação abaixo do pescoço pode ficar diminuída, assim como a região pode ficar dolorida e perder um pouco de sua flexibilidade. Tossir, espirrar e realizar certos movimentos do pescoço podem progredir com os sintomas citados anteriormente.