Você provavelmente já ouviu a frase “prevenir é melhor do que remediar” e para prevenir uma doença a vacina é muito conhecida por sua eficácia. A vacina contra sarampo, por exemplo, é uma das formas comprovadas a se evitar a doença de forma efetiva.

Mas, o que é o sarampo?

O sarampo é uma doença infecciosa grave e contagiosa que merece bastante atenção. O Brasil, apesar de ter recebido um certificado da eliminação da doença em 2016, voltou a registrar casos em 2018. Diante desse quadro, torna-se essencial conhecer ainda mais sobre essa doença e, por isso, a seguir responderemos a 10 dúvidas comuns sobre o sarampo.
O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus, ou seja, é um exemplo de virose. O vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae. 

Como ocorre a transmissão da doença?

A transmissão de Sarampo ocorre por meio de gotículas respiratórias com o vírus que são eliminadas pelo doente ao espirrar, tossir e falar, por exemplo. 
O período em que ocorre maior chance de transmissão da doença é aquele compreendido entre dois dias antes do surgimento das manchas no corpo e dois dias depois.

Quais os sintomas do sarampo?

  • Febre alta (geralmente acima de 38,5 ºC);
  • Tosse;
  • Coriza;
  • Conjuntivite;
  • Erupções vermelhas na pele;
  • Manchas brancas nas mucosas (manchas de Koplik).

A profilaxia (prevenção) da doença está disponível em apresentações diferentes. Todas previnem a doença e cabe ao profissional de saúde aplicar a vacina contra sarampo  adequada para cada pessoa, de acordo com a idade ou situação epidemiológica.

Quais as causas da doença?

A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.
A transmissão pode ocorrer entre 4 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo. 

Algumas curiosidades sobre a vacina

Uma questão atual muito frequente é se os adultos também devem tomar a vacina. Na teoria, qualquer indivíduo que foi vacinado a partir do primeiro ano de vida no esquema de duas doses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas não precisa de uma nova injeção.
A vacina contra sarampo está disponível desde 1970 na rede pública, contudo, sua aplicação era apenas aos 9 meses de idade. Hoje em dia, essa dose não entra na conta por ser menos efetiva. Ou seja, com exceção de quem possui comprovação de que se protegeu adequadamente, o indicado é voltar ao posto de saúde para um reforço da dose
Outro ponto importante: os brasileiros que já foram infectados com o vírus do sarampo não precisam tomar a vacina, porque a imunidade decorrente da invasão persiste para o resto da vida. A questão é que essa doença pode ser confundida com outras em virtude de sintomas similares.

Tipos de vacina contra sarampo

  • Dupla viral – Protege do vírus da doença e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
  • Tríplice viral – Protege do vírus da doença, da caxumba e rubéola;
  • Tetra viral – Protege do vírus da doença, da caxumba, rubéola e varicela (catapora).

A tríplice viral (SCR) contém vírus vivos enfraquecidos (atenuados, como dizem os especialistas) de sarampo, rubéola e caxumba. Já a tetra (SCR-V) ainda possui resquícios do Varicela zoster, o inimigo por trás da catapora e que, em adultos mais velhos, eventualmente deflagra o doloroso herpes zóster.

Doses

  • Dose zero: Devido ao aumento de casos em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra).
  • Primeira dose:  Crianças que completarem 12 meses (1 ano).
  • Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.

Se você tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade

  • Se você tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;
  • Quem comprova as duas doses da vacina, não precisa se vacinar novamente.

Não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra?

  • De 1 a 29 anos – São necessárias duas doses;
  • De 30 a 49 anos – Apenas uma dose.

Quais são as contraindicações da vacina?

Durante a gestação, a vacina contra sarampo é contraindicada pois são produzidas com o vírus do sarampo vivo, apesar de atenuado. A gestação tende a diminuir a imunidade da mulher, o que deixa o sistema imunológico mais vulnerável e, por isso, a vacina pode desenvolver a doença ou complicações.
O recomendado pelo Ministério da Saúde é que a mulher que tenha planos de engravidar tome todas as doses da vacina antes, podendo esta ser a tríplice ou a tetra viral, e mantenha toda a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada, para se proteger e proteger o bebê.


Existe um tratamento para a doença?

Não existe tratamento específico para essa doença. Os medicamentos são utilizados para reduzir os incômodos ocasionado pelos sintomas da doença. O mais indicado para questões gerais é a vacina.

Como prevenir?

Você sabia que a vacinação é a única forma de prevenção? De acordo com a nota técnica conjunta emitida pela SBP, SBIm e SBI, na rede pública são utilizadas vacinas tríplices MMR – sarampo (measles), caxumba (mumps) e rubéola (rubella). Para crianças com menos de cinco anos de idade, também está disponível a vacina tetra viral.
A tríplice –  é composta por vírus vivos atenuados, é uma vacina bastante segura e efetiva. Para o componente sarampo é relatada uma efetividade de aproximadamente 93% com uma dose e 97% com duas.
O PNI recomenda a vacina tríplice viral de rotina para todas as crianças com um ano de idade e uma segunda dose aos 15 meses com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).