A tríplice viral trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba. Ela contém aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Também contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina. A aplicação desta vacina é subcutânea (ou seja, por baixo da pele).

Previne quais doenças?

Sarampo

O sarampo é uma doença contagiosa que aparece com febre alta (às vezes até acima de 40º C) e manchas vermelhas no corpo, causada pelo vírus Morbillivirus.

Rubéola

Rubéola é uma infecção contagiosa causada por vírus e caracterizada por erupções vermelhas na pele. A doença é também conhecida como sarampo alemão.

Caxumba

Caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas parótidas – um dos três pares de glândulas que produzem saliva. As parótidas estão situadas entre as orelhas e à frente delas. Contudo, a caxumba também pode afetar as glândulas submandibulares e sublinguais, todas próximas aos ouvidos.

Para quem é indicado?

A vacina tríplice viral é indicada para:

  • Crianças a partir dos 12 meses de idade não-alérgicas à vacina e aos seus componentes;
  • Adolescentes e adultos não-alérgicos à vacina e aos seus componentes.

Para quem é contraindicado?

A tríplice viral não é recomendada :

  • Gestantes;
  • Pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação;
  • Histórico de anafilaxia (alergia) após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.
  • A maioria das crianças com história de reação anafilática (reação alérgica) a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina.

Protege para quais doenças?

A tríplice viral protege contra as doenças virais do sarampo, da rubéola e da caxumba que são altamente contagiosas.

Quais são os efeitos colaterais?

As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados pela tríplice viral e incluem:

  • Ardência;
  • Vermelhidão;
  • Dor;
  • Formação de nódulo.
  • Febre alta (maior que 39,5⁰C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Algumas crianças podem apresentar convulsão febril, sem consequências graves. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados. Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados a partir de sete a 21 dias de vacinado. Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.
  • Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após a vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.
  • Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foi descrita na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação. Contudo, essa ocorrência contraindica outras doses da vacina.
  • Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação, porém essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.
  • Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacinação.
  • A anafilaxia (reação alérgica grave) é muito rara e ocorre quase sempre nos primeiros 30 minutos depois de administrada a vacina. Nesse caso, as doses subsequentes são contraindicadas.

Por quanto tempo esta a tríplice viral protege?

Todos os três componentes desta vacina são altamente imunogênicos e eficazes, dando imunidade duradoura por praticamente toda a vida. A proteção inicia-se cerca de duas semanas após a vacinação.

Quais são as precauções antes e depois de tomar a tríplice viral?

  • Pessoas que usaram medicamentos imunossupressores devem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento.
  • Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer, ou outro medicamento que cause imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento.
  • Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
  • É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Onde encontrar a tríplice viral?

  • Nos postos de saúde (ou UBS), duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos. Uma dose para adultos entre 30 e 49 anos. Eventualmente, em caso de surtos, o Ministério da Saúde (MS) pode realizar campanhas de vacinação para crianças a partir de 6 meses de vida. Esta dose “extra” não substitui as duas doses recomendadas no esquema de vacinação.
  • Nas clínicas privadas, está disponível para a vacinação de crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos de qualquer idade.