A dengue é uma doença muito conhecida no Brasil – e esse é um dos motivos para sabermos tudo sobre a dengue!

Essa doença costuma ser mais comum durante o verão, por conta das chuvas e do acúmulo de água parada.

É importante ressaltar que a prevenção dessa doença é feita manualmente, ou seja, com o esforço conjunto – não deixando locais com água parada, auxiliando para que os mosquitos não se proliferem – podemos combater a dengue!

O que é a dengue

Antes de sabermos tudo sobre a dengue, devemos defini-la como: uma grave doença febril causada por um vírus – mais especificamente um arbovírus. Esse tipo se caracteriza como sendo transmitido pela picada de insetos, esse em específico o mosquito, o Aedes aegypti.

Há quatro tipos de vírus da dengue – o sorotipo, o 1, 2, 3 e 4. Uma pessoa pode ter os quatro sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera uma imunidade permanente a ele. O transmissor da dengue, o Ae. Aegypti, precisa da água parada para conseguir se proliferar. Os períodos chuvosos são os meses em que deve se manter uma atenção dobrada quanto a higiene e as águas paradas – pois os ovos do mosquito podem sobreviver por 12 meses até encontrar as melhores condições para sua desenvoltura.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar ao óbito. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica – como diabetes e hipertensão, mesmo tratada adequadamente.

E a dengue hemorrágica?

A dengue hemorrágica pode ocorrer quando uma pessoa infectada com o vírus da dengue sofre com alterações na coagulação sanguínea – quando não é tratada corretamente, pode levar ao óbito.

E não podemos esquecer dos sintomas iniciais – já que queremos discutir tudo sobre a dengue. Os sintomas são parecidos com os da dengue clássica, e após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial, podendo gerar tonturas e quedas da própria altura.

Qualquer um dos quatro sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. Dificilmente a dengue hemorrágica acontece quando a pessoa é infectada pela primeira vez, mas as chances aumentam na segunda, terceira ou quarta infecção.

Quais os sintomas da dengue clássica?

Já que estamos discutindo tudo sobre a dengue, não podemos esquecer de seus sintomas. Antes de sabermos mais sobre a doença, entenda quais os principais sinais que podem ocorrer, sendo eles:

  • Mal-estar;
  • Febre alta (maior que 38,5º C);
  • Dor nos olhos;
  • Dores musculares intensas;
  • Dor ao movimentar os olhos;
  • Dor de cabeça;
  • Falta de apetite;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Apesar desses principais sintomas, a dengue pode ser assintomática – que não apresenta sintomas – leve ou grave, podendo até mesmo levar a óbito.

De modo geral, os sintomas de dengue mais gritantes é a febre alta, que tem um início súbito e pode durar entre 2 a 7 dias – acompanhando sintomas de dor de cabeça, fraqueza, dor nos olhos, coceira na pele, erupção e dores no corpo e articulações. As manchas vermelhas na pele também pode ser um indício.

Sintomas da dengue hemorrágica

Há uma pequena diferença entre os sintomas da dengue hemorrágica para a dengue clássica. A única mudança é a febre que diminui ou até mesmo cessa após o 3 ou quarto dia da doença e surgem as hemorragias em função do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Os sintomas de alerta são:

  • Sangramentos pelo nariz, boca e gengivas;
  • Manchas vermelhas na pele;
  • Pressão baixa;
  • Dores abdominais fortes e contínuas;
  • Vômitos;
  • Pele pálida, úmida e fria;
  • Confusão mental;
  • Sede excessiva;
  • Boca seca;
  • Dificuldade respiratória.

Nesse tipo de dengue, o quadro clínico pode se agravar rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Embora a maioria dos pacientes com dengue não desenvolva choque, a presença de certos sinais alerta para esse quadro, como:

  • Palidez;
  • Pulso fraco
  • Perda de consciência;
  • Mudança de temperatura do corpo;
  • Suor excessivo;
  • Dor abdominal persistente e muito forte;
  • Mudanças de comportamento.

A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.

Como ocorre a transmissão da dengue?

Como estamos falando tudo sobre a dengue, não podemos esquecer da transmissão! A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. Há registro de transmissão por transfusão sanguínea.

Não há transmissão da mulher grávida para o feto, mas a infecção por dengue pode levar a mãe a abortar ou ter um parto prematuro, além da gestante estar mais exposta para desenvolver o quadro grave da doença, que pode levar à morte. Por isso, é importante combater o mosquito transmissor da dengue, fazendo limpeza adequada e não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, pneus ou outros recipientes que possam servir de reprodução do mosquito Aedes Aegypti.

Em populações vulneráveis, como crianças e idosos com mais de 65 anos, o vírus da dengue pode interagir com doenças pré-existentes e levar ao quadro grave ou gerar maiores complicações nas condições clínicas de saúde da pessoa.

Existe tratamento?

Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico. Entre as formas de tratamento, estão:

  • Fazer repouso;
  • Ingerir bastante líquido (água);
  • Não tomar medicamentos por conta própria;        
  • Hidratação pode ser por via oral ou por via intravenosa (com uso de soro, por exemplo).