O princípio ativo é uma das partes fundamentais de um medicamento. Mesmo há milhões de anos, quando os povos antigos faziam o uso de remédios, não tínhamos muito conhecimento sobre os reais efeitos de algumas misturar de plantas e outros derivados.

Foi apenas com os avanços científicos que se tornou possível a identificação das moléculas responsáveis pelo efeito terapêutico – essas moléculas passaram a ser chamadas de princípio ativo.

O que é?

Podemos caracterizar o princípio ativo como sendo uma substância que exercera um efeito farmacológico. Um medicamento – incluindo até mesmo alimentos ou plantas – podem ter diversas substâncias em sua composição, mas será somente uma irá ter ação no organismo humano.

Classificamos eles por sua função, como alvo molecular, especificidade, classe terapêutica, classe química e entre outros.

Muitas vezes, quando procuramos um medicamento genérico, podemos nos atentar ao seu princípio ativo como sendo o destaque nas embalagens – isso aponta qual a molécula que irá fazer efeito no organismo.

Quais os tipos?

Como citamos acima, podemos definir os tipos pela sua função de especificidade – que é classificada em duas, sendo elas:

Inespecíficas

Esse tipo é um pouco vulnerável às modificações estruturais, não atuando seletivamente sobre determinados receptores – além disso, sua ação depende apenas de suas propriedades físicas e químicas. Podemos citar dentro dessa classe, os hidratantes, antissépticos, cáusticos, emolientes e entre outros.

Específicos

Dentro dessa classe, temos mais de sete mil princípios ativos – entre eles, anti-inflamatórios, analgésicos, hormônios, agentes cardiovasculares, agentes antiparasitários e entre outros.

Princípio ativo x alimentos

O princípio ativo está presente em alimentos e plantas – o que da a eles propriedades farmacêuticas. Podemos chamá-los de alimentos funcionais, pois além da função nutricional, são capazes de oferecer diversos benefícios para a saúde.

Se tratando de alimentos, podemos encontrar diversos princípios ativos, entre eles:

Licopeno

Essa substância possui ação antioxidante, reduzindo o LDL – além de prevenir o câncer de próstata e outros tipos. Ele está presente em alimentos como melancia, morango, tomate e goiaba.

Ácidos graxos ômega-3

Além de reduzir o colesterol LDL, ele também possui propriedades anti-inflamatórias muito potentes. Podemos encontrar essa substância em peixes marinhos e no salmão.

Antoacinas

Atua inibindo a formação de coágulos sanguíneos – tendo uma grande ação imunoestimulante, que auxilia em doenças do sistema circulatório. Podemos encontrar essa substância em frutas vermelhas – como o morango, cereja, amora, framboesa e entre outras.

Sulfetos alílicos

Além de atuar reduzindo o colesterol, ele ajuda a diminuir a pressão sanguínea e o risco de câncer gástrico. Podemos encontrar essa substância na cebola e no alho.

Isoflavonas

Com uma ação antitumoral, essa substância também possui ação estrogênica, reduzindo os sintomas da menopausa. Podemos encontrá-la na soja e seus derivados.

Óleos essenciais

Eles possuem uma ação bactericida, analgésica, expectorante, antiespasmódica e cicatrizante – podendo ser encontrado no tomilho, eucalipto, laranja e limões.

Alcaloides

Possui uma grande propriedade analgésica, sedativa e até mesmo calmante. Podemos encontrar essa substância no café, jaborandi e no guaraná.

Flavonoides

Considerados anti-inflamatórios, diuréticos, expectorantes, antiespasmódicos e que ainda auxiliam no sistema cardiocirculatório – podemos encontrar essa substância na arruda.

Glicosídeos cardiotônicos e cardioativos

Essa substância é muito utilizada para aumentar a capacidade e força de contração do coração, regulando o seu ritmo – ideal para quem sofre de insuficiência cardíaca. Podemos encontrar essa substância na planta dedaleira.

Antraquinonas

Possui grande propriedade digestiva, colagoga, colerética e prgante. Pode ser encontrada na babosa.

O que são medicamentos?

Para entendermos um pouco mais sobre o que são os medicamentos, primeiro precisamos diferenciá-los dos remédios.

Caracterizamos os remédios como os recursos ou expedientes para a cura, alívio e/ou desconforto. Já os medicamentos são as substâncias que são utilizadas como um remédio – que é produzida nas indústrias farmacêuticas – e que atendem a algumas especificações legais.

Sendo assim, quando preparamos algo de maneira caseira, com plantas e derivados, definimos como um remédio, mas não um medicamento.

Quais os tipos de medicamento?

Para compreendermos o preço de medicamentos, precisamos saber quais os tipos e as diferenças entre eles – que são fundamentais na hora de definir um preço. Podemos dividir os medicamentos em três tipos principais: o similar, genérico e o de referência.

Referência

Esse é um medicamento aprovado pelos órgãos federais – com sua segurança, qualidade e eficácia comprovadas devidamente. Entre os medicamentos de referência, podemos encontrar 3 classes, sendo elas:

·         Fitoterápicos: que são obtidos de cascas, folhas, raízes e sementes;

·         Alopáticos: o tipo mais comum de medicamento de referência, onde sua substância química age diretamente sobre os sintomas;

·         Homeopáticos: trata o paciente em pequenas doses que produzem os mesmos sintomas da doença, estimulando o corpo a se recuperar.

Genérico

Podemos dizer que os medicamentos genéricos são uma versão mais barata dos medicamentos de referência – ele é produzido após a expedição da proteção da patente e outros direitos de exclusividade. Não há uma marca em sua embalagem, apenas o princípio ativo

Similar

É igual aos medicamentos de referência em suas características, podendo mudar apenas o seu formato, validade, embalagem, tamanho e entre outros.

O preço dos medicamentos

Uma pesquisa realizada em 2019, pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada em parceria com o Instituto de Economia da Unicamp, entrevistou mais de 4 mil pessoas por todo o país.

Na pesquisa, em grande parte, concluiu-se que o preço de medicamento permanece como um dos principais fatores na hora da compra do consumidor.

De acordo com esse estudo, os clientes priorizam muito mais a sua verba e a comodidade na hora de escolher onde vão comprar os produtos. Mais de 20% das pessoas entrevistadas apontaram a localização como um outro fator importante.