No Brasil, o medicamento genérico é muito barato – isso porque esses fármacos são produzidos após o período de proteção de patente dos originais, não precisando investir em pesquisas e estudos, já que estes foram feitos anteriormente pela indústria que obteve a patente primeiramente.

Muitas pessoas acabam associando o preço mais baixo com a falta de qualidade, o que é um pensamento completamente equivocado. O medicamento genérico tem a mesma qualidade do medicamento original, apresentando ainda o preço mais baixo!

O que é um medicamento genérico?

Você sabia que o medicamento genérico começou no Brasil na época de 1999? Uma lei permitiu que a comercialização desse tipo de fármaco entrasse em progresso – com a patente expirada, sem um nome comercial e por qualquer laboratório farmacêutico.

O genérico deve ser 35% mais barato do que o medicamento de referência, tendo o mesmo princípio ativo – junto com dosagem, administração, forma farmacêutica, indicação terapêutica de referência e entre outros. Entretanto, todos têm o teste de bioequivalência com seus medicamentos de referência, e ele não possui um nome comercial.

Consigo trocar um medicamento de referência por um genérico?

É claro, mas fique atento, pois essa troca deve ser orientada pelo médico que prescreveu a receita – ou por um farmacêutico, na hora da compra do fármaco.

Como podemos diferenciar um medicamento genérico?

Na embalagem, podemos identificar o grande “G” em amarelo – além dos dizeres “genérico” e sua lei.

O que são medicamentos?

Para entendermos um pouco mais sobre o que são os medicamentos, primeiro precisamos diferenciá-los dos remédios.

Caracterizamos os remédios como os recursos ou expedientes para a cura, alívio e/ou desconforto. Já os medicamentos são as substâncias que são utilizadas como um remédio – que é produzida nas indústrias farmacêuticas – e que atendem a algumas especificações legais.

Sendo assim, quando preparamos algo de maneira caseira, com plantas e derivados, definimos como um remédio, mas não um medicamento.

Quais os tipos de medicamento?

Para compreendermos o preço de medicamentos, precisamos saber quais os tipos e as diferenças entre eles – que são fundamentais na hora de definir um preço. Podemos dividir os medicamentos em três tipos principais: o similar, genérico e o de referência.

Referência

Esse é um medicamento aprovado pelos órgãos federais – com sua segurança, qualidade e eficácia comprovadas devidamente. Entre os medicamentos de referência, podemos encontrar 3 classes, sendo elas:

·         Fitoterápicos: que são obtidos de cascas, folhas, raízes e sementes;

·         Alopáticos: o tipo mais comum de medicamento de referência, onde sua substância química age diretamente sobre os sintomas;

·         Homeopáticos: trata o paciente em pequenas doses que produzem os mesmos sintomas da doença, estimulando o corpo a se recuperar.

Genérico

Podemos dizer que os medicamentos genéricos são uma versão mais barata dos medicamentos de referência – ele é produzido após a expedição da proteção da patente e outros direitos de exclusividade. Não há uma marca em sua embalagem, apenas o princípio ativo

Similar

É igual aos medicamentos de referência em suas características, podendo mudar apenas o seu formato, validade, embalagem, tamanho e entre outros.

Qual a diferença entre um teste de biodisponibilidade e o de bioequivalência?

O teste de biodisponibilidade relacionada a quantidade absorvida e a velocidade do processo de absorção do medicamento – quando dois fármacos apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo, podemos dizer que sua eficácia é considerada comparável.

Já o teste de bioequivalência se caracteriza pela demonstração de que o medicamento genérico e seu medicamento de referência apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. Geralmente, a bioequivalência assegura que o genérico seja equivalente ao seu medicamento de referência – apresentando a mesma eficácia clínica e segurança.

Como se define o preço de medicamentos?

Os órgãos responsáveis pela regulamentação do preço de medicamentos em nosso país são a ANVISA e o CMED – também conhecido como Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos. São eles que fazem as análises e as comparações com o mercado, definindo qual o preço máximo de um novo medicamento.

Podemos destacar as seis categorias nas quais um novo medicamento pode ser classificado – cada uma delas com um critério específico. São elas:

Categoria 1

É nessa categoria que podemos observar as pesquisas que comprovam que uma nova molécula traz resultados ainda melhores que o tratamento já disseminado no mercado. Sendo assim, é feita uma comparação do preço em outros países, e o Brasil tenta ficar com o menor preço.

Categoria 2

O medicamento entra nessa categoria se não for considerado superior ao tratamento que já existe. Sendo assim, o preço pode ultrapassar o do que já está sendo disseminado no Brasil.

Categoria 3

Quando uma indústria lança uma nova apresentação – como uma quantidade diferente de comprimidos – o medicamento se encaixa nessa categoria. Ele é comparado com o produto interior e não pode ter um preço maior.

Categoria 4

A inovação está apenas na apresentação do medicamento. Ele entra nessa categoria caso a empresa não tenha um produto anterior próprio, mas que já exista no mercado. Sendo assim, os órgãos responsáveis devem fazer uma média dos preços existentes.

Categoria 5

Podemos definir essa categoria quando uma empresa faz uma alteração em um produto que já existe – sem uma nova fórmula, mas com uma molécula que já é conhecida. É como, por exemplo, um paciente precisar tomar um medicamento para cólicas e dores de cabeça, e a empresa juntar esses dois remédios em apenas um só. Para esses casos, o preço não deve ser maior do que a soma dos dois medicamentos anteriores.

Categoria 6

Finalmente, chegamos na categoria em que entram os nossos queridos medicamentos genéricos. Segundo os órgãos regulamentares, o seu preço tem que ser, no mínimo, 35% menor que o medicamento de referência!

Observações

É importante ressaltar que, quando falamos do menor preço, estamos falando do preço de medicamento sem o imposto. Pois, quando chega no Brasil, os impostos são colocados, o que acaba aumentando em quase 42% o preço do produto. Sendo assim, ele pode ficar ainda mais caro do que no exterior.

Se tratando internacionalmente, o imposto nos medicamentos está entre 4 e 6%. No Brasil, o imposto estadual pode variar entre 20% no Rio de Janeiro, e 18% em São Paulo. Sendo assim, podemos dizer que o brasileiro está pagando mais por conta dos impostos do que pelo preço do medicamento em si – já que os impostos federais podem chegar a ultrapassar os 32%.