Quando uma pessoa fica doente e não sabe o que tem, geralmente, ela procura por um médico para se curar e melhorar. Ao buscar um tratamento para a sua enfermidade, a pessoa precisa de uma relação de confiança no médico para que o tratamento seja bem sucedido. 

A relação entre médico e paciente é uma relação na base de uma confiança mútua. Pois o paciente confia no que o médico propõe e o médico confie para que o paciente execute da melhor forma as instruções para que o paciente melhore. Além de ser uma relação de confiabilidade, também é uma relação de responsabilidade e ética profissional.

Por que conseguir a confiança do paciente é fundamental?

A relação entre ambos é uma relação bilateral, ou seja, um precisa do outro. O médico para ter sucesso em sua profissão e nos protocolos terapêuticos estabelecidos, é preciso que o paciente não apenas tome os medicamentos corretos, mas também conte tudo o que sabe e sente.

E o paciente para obter sucesso em seus tratamentos, precisa ouvir conselhos e instruções médicas. Porém, em ambos casos, isso só acontece quando há confiança na relação médico e paciente.

Além disso, o próprio paciente, quando ouvido e acaba sentindo confiança no profissional, pode dar dicas e pistas sobre a sua vida que podem colaborar não apenas para o diagnóstico do problema atual, mas também para evitar o desenvolvimento de novas doenças ou até que ela transmita algo a sua família.

Outro fator que implica fortemente nesta relação é de que é comum que os pacientes apresentem mecanismos psicológicos de defesa na hora da consulta. Isso acontece por várias razões e é um tema que não deve passar despercebido, pois está diretamente relacionado ao sucesso do tratamento.

O que evitar no relacionamento médico-paciente?

Comportamentos desequilibrados e inadequados sempre vão causar resultados negativos que podem comprometer a saúde financeira, emocional e empregatícia da empresa.

Para evitar esse tipo de ingrisia, os profissionais envolvidos devem saber separar os dois ambientes – separando também os dois relacionamentos (profissional/pessoal).

Na clínica, a relação é profissional. Fora dela, o relacionamento pode ser mais pessoal.

Como melhorar essa relação de confiança?

A correria do dia-a-dia e a necessidade do médico em “bater metas”  tende a deixar as consultas superficiais e outros tipos de contato entre médico-paciente. Infelizmente, esse é um acontecimento que se tornou comum.

Para reverter esse erro, é importante que o profissional não trate o paciente como mais um número, mas dê a devida atenção que ele merece, afinal, estamos falando de uma vida que precisa de cuidados. Por isso, algumas clínicas e hospitais estão adotando o atendimento humanizado. O atendimento humanizado consiste em algumas etapas:

Primeiro contato: agendamento

O primeiro contato entre médico e paciente, ainda que indiretamente, começa no agendamento da consulta.

Primeiramente, para que esse atendimento seja de qualidade, é imprescindível que a equipe esteja capacitada, para melhor atender a todos os pacientes. Por isso, é importante que o médico converse com sua equipe e estabeleça uma relação estreita, regularmente. O trabalho da equipe de recepção e atendimento é de extrema importância. 

A cordialidade, rapidez e um tratamento individualizado ainda na pré-consulta são pequenas ações que os pacientes consideram como diferenciais positivos na hora de escolher uma clínica ou um médico.

A consulta

Muitas vezes, um paciente chega ao consultório depois de passar por muita outras consultas com outros profissionais que o trataram de maneira fria ou indiferente. Isso exige responsabilidade do profissional tornando todo atendimento individualizado e com uma maior cautela.

Ouça o paciente

Algumas vezes, o médico conseguirá identificar certos problemas do paciente só pelo modo como ele se encontra emocionalmente, o que, muitas vezes, os exames não conseguem identificar.

Isso pode até parecer algo insignificante, mas, para os pacientes, essa demonstração de afeto e atenção faz muita diferença, principalmente para aqueles que estão enfrentando tratamentos mais complexos.

Por isso, ouvir o paciente é um dos primeiros passos para fortalecer a relação com ele. É fundamental que o médico inicie o atendimento perguntando o que o leva até ali e, a partir de então, esteja aberto a ouvir atentamente sobre tudo o que ele tem a dizer, além de responder a todas as suas dúvidas.

Muitos pacientes irão contar toda a sua história de vida e, mesmo assim, é importante demonstrar interesse e cuidado com a situação, mesmo quando for necessário dizer para que o paciente seja mais específico.

Objetividade durante a consulta

O médico deve ser claro e objetivo quando estiver conversando com o paciente. Mesmo que algumas notícias sejam difíceis de contar, é essencial que o profissional mantenha uma conversa direta sobre qualquer assunto.

Por isso, é importante informar o motivo de todos os exames que estão sendo solicitados, assim como os procedimentos que deverão ser feitos. Todo esse processo deve ser conduzido com muito cuidado e tranquilidade.

Além disso, o médico deve sempre explicar os termos médicos a que se refere, pois, muitas vezes, o paciente precisa de uma orientação mais clara. Informações muito específicas, ou mesmo o próprio funcionamento do organismo, podem ser algo distante do conhecimento dos pacientes.

Pontualidade

Embora algumas vezes surjam imprevistos, como uma cirurgia inesperada ou uma consulta que tenha se estendido além do tempo pressuposto, o ideal é que o paciente seja avisado com antecedência.

Além disso, quando houverem falhas desse tipo, é importante sempre pedir desculpas ao paciente e explicar o motivo do atraso, já que, para ele, pode ter sido um grande incômodo, pois muitas vezes, atrasos muito grandes podem ser vistos como falta de respeito.

Confiança e respeito

É fundamental que o paciente saia do consultório se sentindo um pouco mais aliviado do que chegou. Mesmo que ele não tenha ouvido exatamente o que esperava, é importante que o médico ofereça segurança ao paciente, mostrando alguma saída para o seu problema.

Seja pela indicação do retorno, prescrição de medicamentos, solicitação de exames ou no tratamento sugerido, é importante que o paciente volte para casa um pouco mais confiante.

Afinal de contas, um dos papéis do profissional da medicina é oferecer assistência digna e de qualidade para todas as pessoas atendidas. Além disso, a confiabilidade é importante para que o paciente retorne ao consultório e seja fidelizado.

Para isso, além da confiabilidade oferecida pelo profissional, é importante que haja respeito na relação médico paciente. Assim, é imprescindível que além do profissional tratar o paciente da maneira mais respeitosa possível, toda o restante da sua equipe também faça isso com muita atenção e zelo.

Como vimos, a relação médico e paciente é um tema que deve ser analisado com muito cuidado. Além de servir para fortalecer um contato, o respeito entre ambas as partes é essencial para que o atendimento seja eficiente e obtenha sucesso.