O ansiolítico é conhecido por ser uma classe de medicamentos que pode tratar dos transtornos de ansiedade, problemas do sono e até mesmo auxiliar em crises convulsivas. Ele reduz a ansiedade, a tensão e ainda possui um efeito sedativo.

Esse tipo de fármaco foi descoberto na década de 50, mas teve um crescimento muito maior entre 1980 e 1990 – quando mais de 10% de toda população consumia pelo menos algum ansiolítico em curtos períodos ou a longo prazo.

Além disso, um medicamento ansiolítico consegue atuar no neurotransmissor da GABA – atuando sob seus receptores e melhorando sua afinidade.

Para que serve?

É de suma importância lembrar que o diagnóstico de qualquer uma das condições que serão citadas deve ser realizada por um médico especializado. Além disso, nunca se automedique sem uma prescrição de um profissional da área da saúde!

Esse tipo de medicamento é indicado principalmente para a ansiedade. Entretanto, outras condições psiquiátricas estão incluídas, como a síndrome do pânico, fobias, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de ansiedade generalizada e transtorno de estresse pós-traumático.

Muitas vezes, ele também pode ser usado para tratar de problemas do sono e em alguns casos de crises convulsivas.

Os tipos

Benzodiazepínicos

Esse é um tipo de ansiolítico bem comum e o mais usado na atualidade. Ele pode atuar sob a substância GABA e no sistema límbico – inibindo as atividades da serotonina. Os benzodiazepínicos produzem alívio da tensão e produz relaxamento, mesmo com o efeito sedativo moderado.

Efeitos colaterais

  •         Enjoo e náusea;
  •         Tontura;
  •         Visão turva;
  •         Equilíbrio debilitado;
  •         Constipação;
  •         Fraqueza muscular;
  •         Confusão;
  •         Boca seca.

Principais medicamentos

  •         Alprazolam;
  •         Diazepam;
  •         Bromazepam;
  •         Clorazepato;
  •         Lorazepam.

Barbitúricos

Antes dos benzodiazepínicos atuarem no meio farmacêutico, os barbitúricos eram utilizados pela população para tratar os transtornos da ansiedade – entretanto, esse medicamento pode ser perigoso. A linha entre uma dose normal e uma dose tóxica é bastante tênue.

Nesse tipo, temos a presença da substância do ácido barbitúrico, que pode gerar uma dependência psicológica e física em curtos períodos. Ele age impedindo o fluxo de sódio para os neurônios, e nos dias de hoje, esse tipo de ansiolítico é usado apenas para tratamento de convulsões e cirurgia.

Naturais

Os ansiolíticos naturais são encontrados em algumas plantas, e conseguem produzir o mesmo efeito relaxante – podendo auxiliar como uma alternativa aos pacientes com quadros mais leves de transtorno de ansiedade.

Entretanto, esse tipo de planta pode oferecer efeitos colaterais, como a alergia. Fique atento aos utilizar desse método!

Principais plantas:

  •         Lúpulo;
  •         Passiflora;
  •         Camomila;
  •         Erva-cidreira.

O que é a ansiedade?

Como resposta natural do seu corpo ao estresse, a ansiedade é um sentimento de medo ou apreensão sobre o que está por vir. Se sentir ansioso(a) para o primeiro dia de aula, ir à uma entrevista de emprego ou fazer um discurso é normal e pode fazer com que a maioria das pessoas sinta nervosismo. Mas, se seus sentimentos ansiosos são extremos, duram muito tempo e estão interferindo em sua vida, você pode estar passando por um transtorno.

É completamente normal se sentir ansioso(a) em alguns momentos da vida. É um sentimento comum que vem e vai, mas não interfere sua rotina e nem sua vida. No caso de um distúrbio, o sentimento de medo é constante e intenso, e esse tipo de sentimento pode parar você e, se não tratada, o quadro pode piorar.

Assim como outros distúrbios mentais, pode se manifestar em sintomas psicológicos e físicos. Os sintomas psicológicos mais comuns são:

  •         Constante tensão e nervosismo
  •         Problemas para se concentrar;
  •         Medo constante;
  •         Irritabilidade;
  •         Problemas para dormir e sensações constantes de que algo ruim vai acontecer.

Dentre os sintomas físicos, os mais frequentes são: 

  •         Tremores;
  •         Tensão muscular;
  •         Suor excessivo;
  •         Náuseas;
  •         Respiração ofegante;
  •         Tonturas.

As causas para transtornos emocionais são complexas e podem variar muito de pessoa para pessoa, por isso, não se sabe exatamente por que algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver a doença do que outras.

Alguns fatores como: genética, ambiente estressante e doenças como problemas cardiovasculares, hormonais e dores crônicas, além do abuso de drogas, álcool e medicamentos são causas comuns para a manifestação do distúrbio. É importante também lembrar que alguns eventos também podem ser gatilhos para o desenvolvimento da doença, como acidentes, situações de estresse extremo, morte na família, etc.

A tríade dos ansiolíticos

Alprazolam

Esse é de longe o ansiolítico mais recomendado pelos médicos – sendo um derivado do benzodiazepínico – que consegue atuar no tratamento de insônia, agorafobia, síndrome do pânico, crises de ansiedade e do estresse intenso.

O alprazolam é um medicamento com grande potência e uma ação imediata. As propriedades que podemos encontrar, destacamos o de sedativo, anticonvulsivo e hipnótico. Mas apesar de ser um ótimo fármaco, ele apresenta um potencial viciante muito alto – sendo assim, sua administração é regulada e prescrita.

Lorazepam

Esse é um medicamento que pode tratar de problemas de insônia, ansiedade, epilepsia, síndrome do cólon irritável, estados de tensão, algumas doenças psicossomáticas e orgânicas; e até mesmo náuseas e vômitos causados pela quimioterapia ou agitação provocada pela abstinência alcóolica.

O lorazepam não possui efeitos colaterais graves e não gera nenhuma dependência significativa ou perigosa. Entretanto, seu efeito é rápido – podendo chegar ao pico em apenas 2 horas – e por isso deve ser administrado por um período limitado.

Diazepam

O Diazepam é bastante popular, sendo um derivado do benzodiazepínico, e o mais utilizado em centros médicos.

Ele é eficaz no tratamento de distúrbios psicossomáticos, ansiedade, espasmos musculares, síndrome do pânico, insônia e até mesmo na sedação em procedimentos cirúrgicos.

Mas tome cuidado, pois esse ansiolítico pode causar uma grande dependência, principalmente se usado em doses elevadas e/ou em períodos prolongados.