Difteria é uma infecção causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, transmitida de pessoa para pessoa através de contato físico e respiratório. Ela forma placas amareladas frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz. Em casos mais graves, pode ocorrer um inchaço grave no pescoço, com aumento dos gânglios linfáticos. Isso pode gerar dificuldade de respirar ou bloqueio total da respiração.

O que é a difteria?

É uma doença transmissível, causada por uma bactéria que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. 
Dependendo do tamanho e do local que as placas aparecerem, a pessoa pode sentir dificuldade de respirar.
A presença de placas na cor branco-acinzentada nas amígdalas e partes próximas é o principal sintoma da doença. Em casos mais graves, porém raros, podem aparecer inchaços no pescoço e gânglios linfáticos. 

Existe alguma época do ano que a difteria é mais suscetível?

A difteria ocorre durante todos os períodos do ano e pode afetar todas as pessoas que não são vacinadas, de qualquer idade e de qualquer sexo. 
Acontece com mais frequência nos meses frios e secos (outono e inverno), quando é mais comum a ocorrência de infecções respiratórias, principalmente devido à aglomeração em ambientes fechados, que facilitam a transmissão da bactéria. 

Como ocorre a transmissão?

A transmissão da doença ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Ou seja, a bactéria da difteria é transmitida pelo contato direto da pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas  eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.
Em casos raros, é possível a contaminação ocorrer através de objetos – pois são capazes de absorver e transportar microorganismos – como a bactéria causadora da doença.
O período de incubação da doença, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde a infecção da pessoa, é, em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. Já o período de transmissibilidade da doença dura, em média, até 2 semanas após o início dos sintomas.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas da doença surgem, geralmente, após seis dias da infecção e eles são:

  • Membrana grossa e acinzentada, cobrindo as amígdalas e podendo cobrir outras estruturas da garganta;
  • Dor de garganta discreta;
  • Gânglios inchados (linfonodos aumentados) no pescoço;
  • Dificuldade em respirar ou respiração rápida em casos graves;
  • Palidez;
  • Febre não muito elevada;
  • Mal-estar geral.

Quais são as causas da difteria?

A enfermidade é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que se hospeda na própria pessoa doente ou no portador, ou seja, aquele que tem a bactéria no organismo e não apresenta sintomas. A via respiratória e a pele são os locais preferidos da bactéria.
A causa da doença se resume à transmissão ou contaminação através de objetivos – que estão contaminados com a bactéria – como citados acima. 

Como é feito o tratamento da difteria?

O tratamento da doença é feito com o soro antidiftérico (SAD), que deve ser ministrado em unidade hospitalar. A finalidade do tratamento é inativar a toxina da bactéria o mais rapidamente possível.
O uso do antibiótico é considerado como medida auxiliar do tratamento, ajudando a interromper o avanço da doença.

Qual a melhor forma de prevenção?

A vacinação é o principal meio de controle e prevenção da doença. É preciso manter o esquema vacinal de crianças, adolescentes e adultos sempre atualizado.

Vacina

A vacina é usada contra o Corynebacterium diphtheriae, que é o agente causador da doença. 

Doses

  • 1° Dose

Esta é recomendada a partir das seis semanas de idade, com duas doses adicionais em quatro semanas, após o qual tem cerca de 95% de eficácia durante a infância. 

  • 2° Dose 

Além das primeiras doses, são recomendadas mais três doses durante a infância. As doses de reforço a cada dez anos não são mais recomendadas.
*A vacina é segura na gravidez e entre aqueles que têm uma função imune deficiente.

Como funciona a vacina? 

A vacina é aplicada em várias combinações com outras vacinas. Uma combinação inclui a vacina antitetânica, outra vem com o tétano e a coqueluche, e outras incluem outras vacinas, como a vacina contra Hib, vacina contra a hepatite B, ou vacina contra pólio. 
A Organização Mundial de Saúde recomenda seu uso desde 1974. Cerca de 84% da população mundial é vacinada. É dada como uma injeção intramuscular e precisa ser mantido fria, mas não gelada.

Por que é importante tomar a vacina?

A vacina para difteria, tétano e coqueluche é uma vacina de combinação que protege contra essas três doenças:
A doença geralmente causa inflamação da garganta e das membranas mucosas da boca. Porém, a bactéria que causa a doença produz uma toxina que pode danificar o coração, os rins e sistema nervoso. 

  • A enfermidade em destaque já foi uma causa principal de mortalidade infantil;
  • O tétano (trismo) causa espasmos musculares intensos, que é resultado de uma toxina produzida por bactéria. A bactéria geralmente entra no corpo através de uma ferida;
  • A coqueluche (tosse comprida) é uma infecção respiratória muito contagiosa, particularmente perigosa para crianças com menos de 2 anos de idade e para pessoas que possuem um sistema imunológico enfraquecido.

Existem efeitos colaterais?

O local da injeção pode ficar dolorido, inchado e vermelho. Os efeitos colaterais sérios são raros. Eles incluem febre alta, choro inconsolável, convulsões e reação alérgica grave.
Os efeitos colaterais sérios geralmente resultam da parte da vacina relacionada à coqueluche. Se ocorrerem, a vacina que contém coqueluche não é usada novamente. Em vez disso, é usada a vacina contra tétano e difteria (que não contém o componente coqueluche) para completar a série de vacinação.
A vacina contra a doença é muito segura. Efeitos colaterais significativos são raros e pode ocorrer dor no local da injeção. Um caroço pode formar-se no local da injeção, que dura poucas semanas. A vacina é segura na gravidez e entre aqueles que têm uma função imune deficiente.