O Autismo – como popularmente é conhecido – é um termo utilizado para descrever um grupo de transtornos do neurodesenvolvimento. Eles geralmente são caracterizados por problemas de interação social e comunicação.
Frequentemente os pacientes com esse transtorno demonstram interesses e padrões de comportamento repetitivos, estereotipados e muito restritos.

Por que esse transtorno acontece?

A causa exata para o autismo ainda é desconhecida. Pesquisadores, em um trabalho atual, demonstraram que não há uma causa única. Muitos fatores podem estar contribuindo para essa doença – tanto a genético quanto o meio ambiente podem determinar se uma pessoa desenvolve essa doença.
Listamos alguns fatores de risco suspeitos:

  • Baixo peso de nascimento;
  • Histórico familiar de um membro com o transtorno em destaque;
  • Mutações genéticas;
  • Desequilíbrios metabólicos;
  • Nascido de pais mais velhos;
  • Exposição fetal aos fármacos do ácido valpróico ou talidomida;
  • Síndrome do X frágil e outros distúrbios genéticos;
  • Histórico de infecção virais;
  • Exposição a metais pesados e toxinas ambientais.

Quais os sintomas?

Os sintomas se tornam mais evidentes e claros durante a infância, entre as faixas etárias dos 12 aos 24 meses de idade. Entretanto, os sintomas também podem aparecer mais cedo ou então mais tarde. Entre os primeiros sintomas, podemos destacar o atraso acentuado na linguagem e/ou no desenvolvimento social.
O autismo pode ser dividido em duas categorias, para uma melhor explicação sobre os seus sintomas, sendo eles:

  • Problemas com comunicação e interação social

  • Dificuldade em desenvolver e manter relacionamentos;
  • Problemas com comunicação – incluindo a dificuldade em compartilhar interesses, emoções ou manter uma conversa;
  • Problemas com comunicação não verbal; como problemas para manter contato visual ou ler uma linguagem corporal.
  • Padrões restritos ou repetitivos de comportamento ou atividades

  • Interesse fixo;
  • Preocupação;
  • Movimentos repetitivos e padrões ou movimentos de fala;
  • Aumento ou diminuição da sensibilidade a informações sensoriais específicas ao seu redor;
  • Adesão rígida a rotinas ou comportamentos específicos.

Os indivíduos são avaliados dentro de cada categoria e a gravidade dos sintomas é anotada e diagnosticada adequadamente.

Crianças com autismo

As crianças que possuem autismo podem não atingir os mesmos marcos de desenvolvimento que seus iguais, ou podem demonstrar perda de habilidades sociais ou linguísticas previamente desenvolvidas com o decorrer do tempo.
Crianças com essa doença também podem se envolver em comportamentos repetitivos, ter dificuldade para dormir ou então compulsivamente comer itens não alimentares – além disso, eles podem achar difícil prosperar sem um ambiente estruturado ou uma rotina consistente, o que os deixa nervosos.
Essas crianças também podem achar que certos tipos de exercícios podem desempenhar um papel no alívio de suas frustrações e na promoção do bem-estar geral – qualquer tipo de exercício que seu pequeno goste de fazer pode se tornar um benefício muito grande. Andar a pé e simplesmente se divertir nos brinquedos de um parquinho são ideias e benéficos.
Nadar e estar na água pode servir tanto como exercício quanto como atividade de brincadeira sensorial. Atividades lúdicas sensoriais podem ajudar as crianças com essa doença – que podem ter dificuldade em processar sinais de seus sentidos.

Existe tratamento?

Não existe uma cura para a doença em destaque, contudo, existem terapias e outras considerações de tratamento que podem ajudar as pessoas a se sentirem melhores ou aliviar seus sintomas. Diversas abordagens de tratamento envolvem terapias como fisioterapia, terapia da fala, terapia de jogos, terapia comportamento e até mesmo a terapia ocupacional.
Também podemos, muitas vezes, fazer uso de cobertores, massagens, roupas pesadas e técnicas de meditação para induzir alguns efeitos relaxantes no paciente. Entretanto os resultados podem variar muito do tipo de tratamento e do modo como cada indivíduo irá atuar e responder.
Busque pelo médico que melhor atenda seu autismo ou qualquer outro sintoma que esteja te perturbando para melhor indicação de tratamento.

Conscientização sobre Autismo

Uma das partes mais importantes para a boa convivência em sociedade é a informação. Infelizmente, a desinformação acarreta o preconceito em relação ao transtorno. 
O Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo (02/04), com a data reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) tem sido uma contribuição ótima no quesito de conteúdo informativo.