O recente surto de coronavírus está causando muita atenção e alarde no mundo todo devido a sua gravidade, seu alto índice de transmissão e o crescente número de mortes que vêm sendo registradas. 
Sabendo disso, criamos este conteúdo visando explicar as informações gerais sobre a doença, para sanar sanar o que?.

O que é o coronavírus

Coronavírus (CoV) é definida como uma grande família de vírus, que é conhecida sob o nome científico de Coronaviridae. Seu nome é original da palavra em latim “corona”, que significa coroa, e que descreve a sua aparência em projeções microscópicas que se assemelham a uma coroa solar. Os organismos desta família causam infecções respiratórias nos seres humanos, contudo, são mais comuns e facilmente encontradas em muitas criaturas do reino animal (como mamíferos e répteis, por exemplo). 
Geralmente, as infecções decorrentes desta família viral causam doenças respiratórias leves e/ou moderadas, e que são muito semelhantes às gripes e resfriados comuns. No entanto, dependendo do seu tipo genético, podem ser extremamente prejudiciais a saúde devido a gravidade do seu desenvolvimento.

Tipos de coronavírus 

Atualmente, são conhecidas sete espécies (ou tipos) da família deste vírus, que são: 

  • 229E; 
  • NL63;
  • OC43;
  • HKU1;
  • SARS-CoV;
  • MERS-CoV;
  • 2019-nCoV (último tipo descoberto).

Existem quatro principais subgrupos dentre essa família de vírus, da qual cada espécie é separada por linhagens conhecidas como alfa, beta, gama e delta.

Tipos 229E, NL63, OC43 e HKU1

Estas são as quatro principais espécies da família viral que atingem os seres humanos e que são responsáveis pelo desenvolvimento de infecções respiratórias leves e moderadas. 
A transmissão e o contágio desses tipos de coronavírus ocorrem através de gotículas transportadas pelo ar que foram expelidas pela tosse ou pelos espirros de uma pessoa infectada, podendo atribuir a uma pessoa saudável sintomas comuns de gripes, resfriados ou pneumonia (em alguns casos). 
Geralmente, o sistema imunológico do corpo consegue combater estes tipos de vírus. Caso isso não ocorra, o tratamento sintomático geralmente é realizado. 

Tipo SARS-CoV 

A SARS-CoV, nada mais é que uma sigla em inglês, que significa “Severe Acute Respiratory Syndrome” ou em tradução livre, “Síndrome Respiratória Aguda Grave”. Esta doença deve ser tratada rapidamente sob observação médica especializada (e muito bem protegida), pois ela pode evoluir rapidamente para uma insuficiência respiratória grave, que pode levar o doente à morte.
Esse tipo viral foi relatado pela primeira vez na China, em fevereiro do ano de 2003. Nos meses seguintes, a doença se espalhou rapidamente para mais de duas dúzias de países nos continentes da América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia antes da contenção do surto global, que ocorreu no mesmo ano em que ocorreu o surto.

Tipo MERS-CoV 

A “Síndrome Respiratória do Oriente Médio”, também conhecida apenas como MERS é uma doença provocada por uma cepa do coronavírus. Assim como os outros tipos genéticos – e mais severos -, o MERS também pode causar pneumonia ou insuficiência renal quando o sistema imune da pessoa infectada pelo vírus está enfraquecido, principalmente quando a pessoa infectada pertence a grupos de risco, como é o caso dos portadores da doença do HIV e/ou pessoas que têm câncer, por exemplo. Para estes dois casos, o risco de morte é extremamente alto.
Esta espécie de vírus surgiu originalmente em 2012 na Arábia Saudita, e se espalhou por mais de 24 países em todo mundo, embora tenha afetado principalmente países do Oriente Médio.

Tipo 2019-nCoV

O 2019-nCoV é a nova espécie da família de coronavírus. O primeiro caso deste tipo da doença foi relatado em 31 de dezembro em Wuhan, cidade do interior da China, que tem mais de 11 milhões de habitantes.
O novo vírus se manifesta de maneira semelhante à SARS e à MERS, a cepa viral é responsável por causar febre, tosse, falta de ar e dificuldade respiratória para a pessoa que for infectada pelo vírus. Em casos mais graves, pode evoluir para uma pneumonia e uma síndrome respiratória aguda grave, ou também causar uma insuficiência renal.

Como surgiu o coronavírus

A origem da doença ainda permanece incerta, e isso ocorre pois novas espécies de coronavírus surgem de mutações genéticas (geralmente em animais selvagens), sendo transmitidas aos seres humanos através do contato direto com estes animais. Os agentes causadores da MERS e SARS, por exemplo, surgiram em morcegos, e tiveram como hospedeiros intermediários camelos e gatos-de-algália, respectivamente. 
O novo coronavírus — o 2019-nCoV —  provavelmente se desenvolveu e surgiu em uma feira de rua de frutos-do-mar, na cidade de Wuhan, na China, onde diversos animais foram vendidos e, várias pessoas que frequentaram o local acabaram por serem infectadas. Nesta feira, os morcegos foram vendidos em forma de sopa, e por isso são um dos principais (e possíveis) suspeitos de transmitir a nova cepa viral para seres humanos. 
Importante destacar, que um novo estudo analisou o fatores genéticos desta cepa viral e indicou que ela pode ter sido transmitida aos humanos devido o contato com cobras asiáticas, cuja carne também foi vendida (e muito possivelmente consumida) no mesmo período em que surgiram os primeiros focos da doença. O tipo de cobra que foi estudado é conhecido por se alimentar de morcegos, e por isso abre a possibilidade deste animal ser o vetor inicial onde a mutação do vírus ocorreu.
Como este tipo de vírus se adapta aos hospedeiros de sangue frio (répteis) e de sangue quente (mamíferos), a origem da doença ainda permanece sendo um mistério.

Como identificar os sintomas do coronavírus 

Como citado anteriormente, o novo coronavírus pode causar em um primeiro momento: 

  • Febre; 
  • Tosse; 
  • Falta de ar; 
  • Dificuldade ao respirar;
  • Diarreias (em alguns casos). 

Em casos mais graves, a complicação pode evoluir para pneumonia e síndrome respiratória aguda grave, além de também poder causar insuficiência nos rins.

Tratamento 

Não existe tratamento específico para as infecções causadas por essa família de vírus. No caso do coronavírus 2019-nCoV, o tratamento indicado é feito com repouso e consumo de bastante água. Além disso, algumas outras medidas podem ser adotadas a fim de aliviar com os sintomas da complicação, conforme cada caso.
Outras medidas para o tratamento da nova cepa viral, podem ser feitas:

  • Pelo uso de medicamentos para dor e febre (analgésicos e antitérmicos);
  • Pelo uso de umidificadores de ar;
  • Tomando um banho morno/quente. 

Número de contágios e mortes causados pelo coronavírus  

Até o momento, foram confirmados 7.783 casos na China, com um total de 170 mortes devido a infecção do coronavírus. Dentre outros países que foram afetados pela doença com casos confirmados, estão:

  • Tailândia: com 14 casos registrados; 
  • Japão: com 11 casos registrados;
  • Hong Kong: com 10 casos registrados; 
  • Singapura: com 10 casos registrados;
  • Taiwan: com 8 casos registrados;
  • Macau: com 7 casos registrados; 
  • Austrália: com 7 casos registrados; 
  • Malásia: com 7 casos registrados;
  • Estados Unidos da América: com 5 casos registrados;
  • França: com 5 casos registrados;
  • Coréia do Sul: com 4 casos registrados;
  • Emirados Árabes: com 4 casos registrados; 
  • Alemanha: com 4 casos registrados;
  • Canadá: com 3 casos registrados;  
  • Vietnam: com 2 casos registrados;
  • Camboja: com 1 caso registrado;
  • Nepal: com 1 caso registrado;  
  • Sri Lanka: com 1 caso registrado; 
  • Finlândia: com 1 caso registrado.  

Após o estado de calamidade ser instaurado, um mapa online do planeta foi criado para acompanhar a progressão da doença, com atualizações do número de mortes e casos confirmados, em tempo real. 
Esse mapa foi criado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos da América. Nele, estão reunidas informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de outras instituições de vários países. Clique aqui e confira!

Presença do coronavírus no Brasil

No momento, o Brasil tem nove casos suspeitos de coronavírus em seis estados diferentes. As informações foram divulgadas quarta-feira (29/01/2020) durante uma coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, em Brasília. 
Os casos suspeitos foram registrados nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Ceará. Os nove pacientes estão em observação para a realização de testes genômicos para uma possível confirmação do vírus 2019-nCoV. Por hora, os exames irão ser centralizados na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro para a averiguação dos resultados.